E o futuro dos nossos espaços de trabalho, como fica?
Outros acontecimentos são claros no que se refere ao campo do trabalho, espaço de alimentação e até transportes: a densidade ocupacional terá de ser repensada e rápido. Será necessária a manutenção de espaços vazios com a limitação do espaço físico em áreas exclusivas de trabalho para os trabalhadores, limitar assentos não só em restaurantes, bares, mas também em ônibus, trens, metrô, aviões; criação de escalas de pessoas e dias para o uso do espaço físico nos escritórios.
Então, cabe a pergunta: E o futuro dos nossos espaços de trabalho, como fica?
Bem, após a Pandemia ter encerrado seu ciclo, realmente não acreditamos que possamos voltar ao que era antes sem nenhuma mudança. O Mercado Empresarial e o Mercado Imobiliário deverão buscar novos caminhos e, acreditamos, que sinergicamente seguirão na mesma direção e lado a lado.
Em um primeiro momento, poderíamos ter uma visão mais simplista e acreditar que as empresas poderiam optar pelo aumento exponencial de área de escritórios para alocar seu pessoal, proporcionando assim o devido distanciamento social e as limitações de espaços necessários devido aos novos ditames de saúde e regras de convivência.
Mas, se pudermos olhar com mais calma, veremos que caminhar para esse lado é economicamente inviável devido aos expressivos custos (implantação, valores de locação, etc.)
Quando estas mesmas empresas enxergam que, por conta da Pandemia, as adaptações rapidamente realizadas e necessárias ao “Trabalho em Casa”, a ampliação e melhoria da capacidade da rede de TI, NET, TELEFONIA, a racionalização das reuniões de vídeo chamada, entre outras saídas adotadas tem solucionado em até 80% ou mais as necessidades do dia a dia das empresas, fica mais evidente que procurar aumentar espaço de escritório não é ou será a melhor solução.
Nos parece intuitivo que se juntarmos as questões econômicas (altos valores de locação e encargos das áreas de escritório), e o novo olhar sobre o “home office” como uma rotina usual de trabalho, teremos o que nós da Jmarques Consultores acreditamos, a tendência de futuro do mercado. Uma reconceituação de uso de escritório com o repensar do uso atual das áreas corporativas, ou seja:
- Nova segmentação de uso com mais unidades de “COWORKING”;
- Torres corporativas monousuários se transformando multi-usuários;
- Retro-fit de torres corporativas ou novas unidades multi-usos compostas por escritórios, setor de serviços, lojas comerciais e residências em uma única torre.
Cabe aqui um “warning”: Não se pode deixar de levar em conta, a grande possibilidade da simples devolução de espaços ao mercado, com a possibilidade de aumento significativo de vacância.
